38º DIA - RUMO A TACNA - NOSSA ÚLTIMA CIDADE NO PERÚ

38º dia de viagem
Cidade: Tacna/PE | Categoria: Diário do Piloto
Postado em: 6/9/2011
Diário de Motocicleta

Infelizmente hoje era dia de deixar Arequipa.

Existe muita coisa para se ver nesta cidade que é a segunda maior do Peru com cerca de 1 milhão de habitantes.
São inúmeras igrejas e museus, sem contar monumentos e passeios para outras regiões que saem de Arequipa, como o Cânion de Colca, o mais profundo do mundo com cerca de 1 km e que é famoso por abrigar muitos Condores.
Tínhamos planos de ir até o Cânion, mas são cerca de 200 km por estrada de terra.
Existem empresas de turismo que fazem esse passeio, mas os caras madrugam e o passeio leva o dia todo... e não temos muito mais tempo... preciso voltar para o Brasil e preparar material para apresentar no nosso stand no Salão Duas Rodas que acontece no Anhembi – São Paulo de 04 a 09 de outubro próximo.

Então substituímos Colca por uma troca de óleo e depois pista.

Rodei um pouco até achar uma mecânica que tivesse óleo para moto.
Encontrei uma a cerca de 2 km do nosso hotel na Praça de Armas, e resolvi trocar o filtro de óleo também.
Sangrado todo o óleo, sacado o meu filtro velho, a surpresa, o filtro que eles tinham embora fosse a mesma numeração, não servia.
Deixaram escorrer o óleo velho do filtro e colocaram ele novamente... trocaram o óleo e eu ainda levei uma garrafinha quase cheia. Tudo por S/.72,00.

Voltamos para o Centro Histórico para uma última olhada e seguimos para estrada.
Inicialmente pegamos a mesma estradinha que nos trouxe até Arequipa, e cerca de 25 km depois saímos a direita para pegar novamente a Panamericana até Tacna.

Essa foi a estrada mais desértica que já pegamos. Dos 382 km até aqui, cerca de 20 km foi por dentro ou ao lado de vilarejos e pequenas cidades... mas muito pouco mesmo.
Em relação a paisagem, tão vazia quanto o número de habitantes... na grande maioria do caminho nada do lado esquerdo e nada do lado direito.
Planícies de areia e pedra sem uma vegetação sequer, salvo alguns vales verdes de plantações e mais nada.

As retas intermináveis foram nossa companhia de hoje... o pneu deve estar quadrado tamanho o perder de horizonte.
Em relação aos ventos laterais, esses foram mais amenos neste trecho, mas a neblina não.
Pegamos por duas vezes trechos encobertos, um deles com visibilidade de 10 m já o outro a neblina não chegou a tocar o chão, mas não foi por isso que o frio não bateu.

Basta sumir o Sol e o frio vem castigando.

Levamos pouco mais de 5h para percorrer esse quase 400 km.
Hoje descansamos em Tacna e amanhã deixamos o Perú e entramos no Chile.

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