EVITA PERÓN, N. SEÑORA DO PILAR Y LADRONES

Cidade: Buenos Aires/AR | Categoria: Passeios
Postado em: 11/12/2012
Diário de Motocicleta

O céu azul que amanheceu hoje sequer dava lembrança do dia torrencial que tivemos ontem aqui em Buenos Aires.
Pensei que na melhor das hipóteses o dia seria nublado, mas nunca um azul de brigadeiro como foi hoje.

Tracei o roteiro na mente, pois andar na rua com mapa, é bandeira demais, já basta a nossa cara de gringo admirando tudo e com uma máquina fotográfica no pescoço.

Caminhei pela 9 de Julho e fui conferir o Obelisco de perto, depois, alguns metros a frente cheguei no Teatro Colón, o mais tradicional de Buenos Aires... até queria entrar para visita guiada, mas o passeio é meio salgado. Enquanto turista Argentino paga R$ 9,00, estrangeiro paga R$ 50,00. Fique apenas nas fotos externas e bati perna até o Cemitério de Recoleta.

Os amigos vão pensar, eita programinha de gótico ir visitar um cemitério, mas lá estão enterrados as maiores figuras da história da Argentina e dois túmulos que eu queria ver era o de Don Juan Lavalle – herói da independência Argentina, e não menos importante, o túmulo de Evita Perón.

O cemitério é uma galeria de arte a céu aberto, existe necrópoles impressionantes, algumas em formato de mini catedrais lindíssimas, com esculturas em mármore de cair o queixo. Mesmo quem não é gótico, como é o meu caso, vai curtir este programa.

Contrariando as expectativas, ambos os túmulos que visitei – Evita e Lavalle – são super simples, e diria até que “de pobre” perto dos outros imponentes que por lá existem.
Ambos de pedra preta, não ocupam mais que quatro metros quadrados, o da Evita então, fica numa ruazinha bem apertada que mal dá pra tirar foto do túmulo todo.

Aproveitando o passeio, ao lado fui conhecer a Iglesia Nuestra Señora del Pilar que é um dos melhores exemplos do barroco colonial e o segundo templo mais antigo da cidade.

Projetada pelos arquitetos Bianchi e Primoli a igreja foi concluída em 1732. O altar é ricamente trabalhado com placas de prata do Peru. Os altares laterais são barroco germânico. Dentro, está uma velha imagem de San Pedro Alcántara.

Sua fachada foi projetada pelo Frei Andrés Blanquinota, e consiste em um conjunto de pilastras duplas sob uma fachada clássica. À direita do templo há um campanário com dois arcos, que culmina num relógio esférico. No lado oposto há uma torre que termina em tambor com cúpula em forma de sino, revestido de azulejos de Calais (França) de 1866.

A torre da igreja foi, durante algum tempo, um dos pontos mais altos da cidade. Em 1936, foi declarada basílica, e em 21 de maio de 1942 Monumento Histórico Nacional.

A igreja tem uma pequena cripta e um lugar chamado "Los Claustros", um vestígio dos pátios restritos do monastério, hoje revertido em museu sacro. Nos claustros existe ainda uma pequena biblioteca especializada para consulta, aberta desde abril do ano de 2002 e cumpre a função de reunir e permitir o acesso às publicações e materiais referentes à história e a cultura local. A entrada custa $ 5,00 Pesos ( quase R$2,00).


Dali peguei um taxi de volta a Plaza de Mayo onde visitei a Catedral Metropolitana, a Iglesia de San Ignácio, a Basílica do Santíssimo Rosário, Iglesia Nuestra Señora de Belen, uma volta pela praça e uma cerveja no Café Tortoni de 1858. Falarei destes passeios em detalhes, bem como Obelisco e Teatro Colón quando voltar para casa ok!

 À caminho do Hotel ainda passei na Igreja da Piedade de teimoso, pois meus pés estavam doendo muito e já estava mancando por conta de algumas bolhas na sola do pé.

Tive a impressão de estar sendo seguido, mas atribui isso ao cansaço, já eram 19h30 e eu estava na rua desde às 10h30 da manhã.

Entrei na igreja, fotografei e quando estava saindo, ao descer a pequena escada que tem na porta da igreja, fui empurrado por um guri que saiu correndo na minha frente, e nisso um outro puxou da minha mão o meu monopé – usado para tirar as fotos – e uma sacola pequena com presentes para Elda e para minha filha.

Cada um correu para um lado e com bolhas nos pés apenas pedi ajuda, mas a rua estava vazia, com apenas alguns carros passando que obviamente não me socorreram.

Sai em passo acelerado atrás do garoto que levou meus pertences, mas não demorou muito para ele sumir nas esquinas do Bairro de Montserrat.

Quando encontrei um policial contei o ocorrido, ele chamou uma viatura e tive que contar tudo o que havia acontecido novamente. Descrevi os sujeitos e eles disseram que iam patrulhar a área e passar no hotel caso encontrasse... mas eu duvido!

Tirando a raiva e meus pés bem machucados, estou bem fisicamente.
Nos próximos dias vou motocar três dias até Trelew... espero que os ventos me deixe mais sereno e que estas bolhas desapareçam.

Bora motocar!

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