DESTINO: COLÔMBIA
Cidade: Pasto/CO | Categoria: Diário do Piloto
Postado em: 25/8/2015
Meus 43 anos não poderia ter comemoração melhor do que partir para estrada.
Depois de quatro dias em Quito, nosso próximo destino era a Colômbia, mais um país novo no nosso mapa e o friozinho na barriga por descobrir paisagens inéditas.
Saímos pela Av. Libertadores que dá volta ao redor da cidade e evita o trânsito caótico e lento de Quito.
A avenida mais se parece uma estrada e nos leva em direção ao Aeroporto... deste ponto acessamos a Ruta 28B e logo estávamos deitando a moto nas suas curvas.
Só não era tão divertida por conta dos caminhões que interrompiam sessions de “deita pra cá – deita pra lá”.
Passados cerca de 90km – no relógio cerca de quase 2h – a brincadeira fica mais legal por que os caminhões ficam para trás, e a primeira surpresa do dia chega... uma Cordilheira dos Andes rochosa, sem vegetação alguma, tal qual no Peru.
Confesso que fiquei surpreso com esse visual, pois desde que entramos no Equador o que vimos foi montanhas e mais montanhas verdes, repletas de árvores e florestas... tão tropical que em muitos trechos lembrava o Brasil – me refiro a vegetação, não as estradas de primeira qualidade.
Na altura de Otavalo e Ibarra, após uma curva surgiu na nossa frente um gigante de mais de 4.000 m de altura, o Vulcão Imbabura, com uma formação bem característica de vulcão, com o cume reto por conta da cratera, e um lago lindo em sua base... parecia um desenho.
A partir deste ponto a Cordilheira voltou a ficar verde, com colinas e mais colinas de pasto e plantações que mais pareciam um grande carpete verde cobrindo as montanhas.
Não era só o meu ponto de vista o fato do dia ser especial... o cenário estava contribuindo em muito para essa sensação.
Cerca de 280 km depois, chegamos na fronteira com a Colômbia e mais uma vez fomos no passo-a-passo da migração.
Diferentemente dos passos aduaneiros anteriores, neste não existe uma integração entre os dois países... é preciso fazer um lado primeiro e depois seguir para o outro.
No lado Equatoriano, tudo muito rápido e simples... na Migração entregamos o ”Permiso” e no caso do uso de Passaporte, um carimbo e tchau... quem viaja com RG, no caso a Elda, é preciso preencher o mesmo formulário da entrada, pois este será apresentado no lado Colombiano.
Com relação à moto, basta entregar a Autorização de transitar com o seu veículo no Equador e pronto.
Confesso que estava com receio que algumas multas aparecessem, não que eu tenha abusado, mas são centenas de radares de 90 km/h e pelo menos uns 5 me fotografaram a mais de 100 km/h.
Mas não deu em nada.
No lado Colombiano, passaporte carimbado e para o RG, apresentamos o formulário Equatoriano e boa... estávamos dentro, só faltava a moto.
Na Aduana, é preciso apresentar xerox de:
1-) Passaporte (rosto e carimbo da migração);
2-) DOC da moto;
3-) CNH.
Depois é preciso fazer um decalque do número do chassi da moto, e pronto... pega-se o permiso e boa viagem.
É preciso comprar o SOAT, mas o faremos amanhã.
Em terras das FARC... o visual foi impressionante.
Tão logo saímos da Aduana a pista vicinal começou a serpentear por dentro de um vale com penhascos enormes, e paredes gigantescas com cachoeiras escorrendo e encontrando um rio violento lá embaixo.
Simplesmente espetacular.
Com um asfalto perfeito e a presença do exército a todo momento, serpenteamos até a cidade de Pasto por cerca de 100 km que nos consumiu cerca de 1h30.
Chegamos no fim da tarde depois de rodar 375 km desde Quito.
Amanhã rodaremos mais para dentro da Colômbia e se o tempo permitir, ficaremos de frente com mais um vulcão gigante.